Pode a morte nos ensinar a viver?
- George Lucas
- 19 de dez. de 2022
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Somos golpeados pela dureza da realidade e, consequentemente, lembrados de nossa pequenez...
Como dirigente/pastor de comunidade evangélica, uma das experiências mais dramáticas e marcantes que eu tive foi ter que realizar cultos fúnebres.
Qualquer pessoa que já tenha participado de um velório ou de um enterro pode atestar que estar diante de um corpo – sem vida – é certamente angustiante, independentemente se foi alguém próximo ou não. No entanto, apesar do desconforto de tal momento, situações como essa são capazes de nos levar há profundas ponderações existenciais.
Acredito, inclusive, que seja por isso que o sábio Salomão teria dito que “é melhor ir numa casa onde há luto do que numa casa onde há festa” (Eclesiastes, cap. 07, vers. 02, da Bíblia cristã), pois, ao participarmos de momentos como esse, nós ficamos reflexivos, pensativos e – até mesmo – frustrados.
Somos imediatamente confrontados com verdades que, apesar de serem inegáveis, não são tão convenientes e, portanto, difíceis de "digerirmos".
Somos golpeados pela dureza da realidade e, consequentemente, lembrados (pela morte) de nossa pequenez, transitoriedade, e incertezas, e que – talvez – a única certeza (em meio a tantas incertezas) que temos seja a da morte, a qual virá para todos nós, mais cedo ou mais tarde.
Benjamin Disraeli tem razão quando afirmou que "a vida é curta demais para ser pequena".
Precisamos, portanto, viver e viver com intensidade, viver com sabedoria, viver uma vida relevante e significativa. Sem esquecer, no entanto, que existe uma vida pós-morte que nos aguarda.
George Lucas.
Mestre em Teologia.




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